(Veja aqui alguns lances do jogo)
Devido a uma disputa entre as operadoras de televisão com relação aos jogos da Libertadores, Fluminense x Arsenal foi mais um dos jogos em que tive o prazer de ouvir o jogo pelo rádio (sem ironias). Parece brincadeira, mas ouvir o jogo no rádio é mais angustiante do que assistir o jogo no estádio. Mais emocionante. Pelo início do jogo parecia mais uma goleada eminente, como outrora o Fluminense havia aplicado no mesmo time em 2008, quando venceu por 6 a 0, mas só parecia mesmo. O que ouvi foi um time confuso taticamente, que não sabia administrar a posse de bola mesmo vencendo e alguns jogadores abaixo da média, com destaque negativo para o emprestado Rafael Sóbis, que precisará impressionar muito se quiser que o Fluminense o contrate em definitivo, Wagner, que até o momento não justificou os tantos milhões de reais pagos para o seu retorno ao Brasil e Leandro Euzébio, que mostra a cada jogo que não pode ser titular na zaga do tricolor carioca. Desarmado taticamente e um susto atrás do outro, assim foi o time dos 15 minutos do 1º tempo até o final dos 45 minutos iniciais.
Esperava mudanças, pois o jogo não estava bom para o Fluminense, que era dominado por um time argentino de poucas tradições, e o técnico Abel Braga não havia feito mudanças iniciais, torcia por uma mudança de atitude do time, o que acabou não acontecendo, e sendo dominado os outros 45 minutos também pelo time de Sarandí, com destaques negativos para Wagner e Leandro Euzébio, ambos expulsos por agredirem adversários. E foi assim até o final do jogo, o Arsenal com seu “Arshavin”, ou melhor Luciano Leguizamón, que comandava as bolas aéreas do time e o Fluminense se defendendo, mesmo com as limitações de seu esquema defensivo, o time das Laranjeiras conseguiu segurar o resultado e garantir os 3 pontos.
É um bom resultado? Claro que é. Mas para um time que gastou quase 35 milhões de reais em contratações, que tem uma folha salarial passando dos 5 milhões de reais mensais, não é suficiente, é preciso entender que esse time não pode ser igual aos outros, porque ele não é, é um time extremamente técnico e precisa usar essa técnica a seu favor, um jogador da categoria do Wagner não pode sair distribuindo pontapés, ele precisa acertar pontapés no gol, chutaços, cobranças de faltas e um jogador do nível de Leandro Euzébio, volto a dizer, é inadimissível que seja titular em um time como o Fluminense, que almeja ser campeão da Libertadores 2012.